quinta-feira, 4 de março de 2010

Sobriedade Social...

Por que muitas vezes assumimos personagens que não tem nada haver conosco? Por que simplesmente nos escondemos atrás de um jeitão engraçado e de sorrisos que não queremos realmente dar?

A insegurança de alguma forma nos faz sofrer mutações agressivas e o pior, é que nos acomodamos com isso. Não encarar nossos problemas, não nos aceitarmos, negligenciar nosso direito de escolha, viver de acordo com a “sobriedade social”. Para sermos aceitos num mundo muitas vezes hostil, fingimos ser quem não somos, camuflamos nossos defeitos, sentimentos, medos, escolhas, abrimos mão de nossos direitos e nos escondemos atrás de um sorriso largo ou de uma piada engraçada enquanto definhamos em nós mesmos. Talvez por medo de sermos julgados ou excluídos, pois a solidão é assustadora.

No fim, depois de perder nossa identidade é que nos damos conta do quanto nos anulamos com medo do julgamento de alguém que sequer sabemos o nome. É ai que percebemos que já estamos sozinhos porque escolhemos nos abandonar.

Não precisamos ser igual a ninguém, pessoas servem como exemplos, estão ali para serem admiradas ou não pelos seus atos.

As mudanças que farão parte de nossas vidas serão sempre bem vindas, desde que sejam de dentro para fora, que sejam para melhor, que sejam libertadoras, desde que estas mudanças tenham sido escolhidas e vividas por nós!

Ufa... É isso que tenho aprendido de um tempo pra cá.

6 comentários:

  1. É, isto me fez pensar.

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  2. Como é importante e pouco valorizado o autocuidado! Parece que pensar e cuidar de si, colocando como prioridade o nosso bem estar é quase sempre mau visto pelas pessoas, principalmente aquelas que aparecem em seu texto como as grandes inquisidoras! Eu gostaria de te parabenizar pelo singelo e verdadeiro escrito. Vejo como um convite para pensarmos e claro, buscarmos o que nos falta .. o que faz sentido, o que nos faz bem.. o tão importante bem estar, que muitas vezes abrimos mão e delegamos ao outro, que nos traga ou que nos faça sentir... Que mais trocas como essa, possam continuar acontecendo!

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  3. Acredito que a questão maior, até mesmo que cuidar do próprio bem-estar, é praticar o amor-próprio e nos aceitarmos como somos, exatamente como somos. Enquanto persistir a representação de um papel (inclusive o daquele famoso "O Vencedor", dos Los Hermanos), enquanto persistir o medo de encarar características, sejam elas "boas ou ruins", nunca alcançaremos paz de espírito (ou bem-estar, whatever). Antes de existir bem-estar, há que se ter amor-próprio, há que se ter aceitação.

    Parabéns pela percepção (e por que não dizer, também, pelo aprendizado?).

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  4. Obrigada pelos comentários!!!

    Anônimo: O intuito do texto é exatamente este atingir o outro ao ponto de faze-lo pensar. Obrigada pelo comentário!

    Stella: Muito obrigada pelo comentário... Como sempre demasiadamente humana... Ensinando que temos que nos olhar... Nos cuidar... E todos os "nos" positivo que a vida necessita para ser boa.

    Bruna: Muito Obrigada pelo comentário veterana dos Blogs... rs E fico lisonjeada com ele.
    Concordo que amor próprio também é muito importante, mas diferente de você, não acredito é mais importante do que o bem estar, pois cada um tem seu papel.

    Beijo Grande!!!

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  5. se não existir amor-próprio, como conquistar bem-estar? pra mim, difícil...

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  6. É exatamente este o intuito dos comentários, cada um deixa sua opinião. O que não significa que a verdade de um é maior que a do outro, portanto respeito a todas.
    E viva a diversidade de opiniões minha gente!!!

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