terça-feira, 9 de março de 2010

Na melhor poltrona

Tenho muitos medos, cada um com seu sentido e sua proporção...
O maior deles é o de perder aqueles que amo. Perder aqueles que contribuíram para o que sou e me amaram incondicionalmente... Perder o jeito de um abraço, um jeito de sorrir, perder o som da voz que vem acompanhado a um jeito único de ser chamada, um jeito de levar bronca, um medo absurdo de não enxergar mais o orgulho estampado nos olhos que muitas vezes me servem de farol... Ai ai este medo! Ele arde e grita como louco a palavra NÃO dentro de mim.
A transição para o mundo de lembranças nunca é bem vinda, mas sem pedir licença este mundo chega, entra, e toma seu lugar em nossas vidas... Não se dando por satisfeito este mundo nos faz chorar, causa dor, aperta o peito, e nada podemos fazer a não ser recorrer a ele mesmo, recorrer as nossas lembranças.
As perdas existem, são reais e inevitáveis. Aprendi que cada um faz suas escolhas e paga por elas, infelizmente não somos capazes de mudar o outro, mesmo sabendo qual será o final temos que assistir ao filme todo, ali sentado na melhor poltrona, vendo tudo acontecer bem de perto. E no final há duas possibilidades, aplaudir em pé, ou sair chorando caso o filme tenha sido muito triste .
Ces't la vie...

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