sexta-feira, 28 de maio de 2010

É a vida...

Ontem enquanto conversava na sala de casa com uma prima, que tenho apreço de irmã, fui analisando os fatos narrados em nossa conversa.

Nossos pais são irmãos, vivemos no mesmo quintal durante dez anos, depois me mudei e nos afastamos. Eu fui para Taboão da Serra com dez anos de idade e ela permaneceu em Pirituba, se casou, teve três filhos... nessa época não imaginávamos o tamanho da cumplicidade, da identificação nas experiências, nem no que tudo isso se transformaria.

Começamos a trabalhar cedo, lutamos para obter nossa independência, nos tornamos donas do nosso nariz e nos orgulhamos muito disso... como ela mesmo disse, demos certo! Havia tantos empecilhos, mas fomos adiante, vencemos as limitações, que garanto foram muitas.

Os anos se passaram e carregamos uma mágoa em comum, que se destinam a pessoas que nunca nos olharam de fato, nunca se orgulharam do que nos transformamos. Duas pessoas que deveriam, mas se quer nos conhecem de verdade, pessoas que durante anos tentamos agradar, tentamos que tivessem orgulho de nós, mas nunca fomos o foco para que isso acontecesse.

Sempre nos viramos muito bem obrigada, nunca precisamos de uma mão segurando a nossa para ter atitudes, e talvez isso tenha nos tornado transparente para essas duas pessoas... o que precisamos foi de colo, e graças a Deus tínhamos outras pessoas que nos dessem isso.

Amadurecemos, hoje não queremos provar mais nada para ninguém, chega disso, chega de nos machucar... eles que agradem e enxerguem quem quiserem.

Quanto a nós, nos tornamos irmãs, um vínculo sólido feito aço, um amor grande como o universo e uma cumplicidade impar.

No final das contas ganhamos mais do qualquer um envolvido nessa história, pois tenho certeza que nem essas duas pessoas, nem seus protegidos nunca souberam e nem saberão o que é desenvolver tal sentimento por alguém.

Prima te amo e estarei sempre ao seu lado!

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