Olhou fixamente em meus olhos por alguns segundos... depois, passeou seu olhar malicioso pelo meu corpo e sorriu. Senti-me despida e entregue, quando dei por mim, não conseguia mais controlar meus pensamentos.
Ele estava lindo... meio de lado, com o corpo apoiado no balcão, dono de um sorriso sacana, postura e movimentos sutis, com a boca entreaberta (aliás, que boca!). Insinuante, esbanjava sensualidade nas mínimas coisas, meus olhos tentavam escapar, fugir para todos os lados, mas desde o primeiro dia eles se renderam e ficaram extasiados numa só direção.
Desde o início foi assim, ele me despia só em me olhar, fazia meu sangue ferver só em sentir seu cheiro, estremecia meu corpo com o timbre de sua voz. A reciprocidade do que causavamos era absurda e deliciosa, brincadeira séria de gente grande.
Mãos, coxas, pele, boca, desejo... tudo junto, num ritmo bom, na medida exata, como se ambos tivessemos decorado o manual de instruções... mas não havia manual algum, havia magia e sincronicidade.
O mundo parava quando estavamos juntos, era nosso, era particular... nosso delicioso mundo particular.
Que texto é esse, me deu até calor!
ResponderExcluirSortudo esse rapaz.
Eu também não tenho manual de instruções, mas não me falta magia.
Adoro seus textos, gosto da maneira que você escreve, gosto de como brinca com as palavras.
Sempre estou lendo seu blog, sei que ficou um tempo sem publicar nada, senti falta, mas me parece que aos poucos está voltando. Que bom!
Sou um anônimo que adoraria se revelar.