domingo, 5 de agosto de 2012

"Só não aprendi a perder..."

Lembra quando eu te falei, em nossas primeiras conversas, que minha boca era ligada ao cérebro? Que eu pensava e logo falava, sem travas na língua? Pois é, com meu coração não é diferente... sinto tudo o que penso e tudo vem de uma maneira muito intensa, quase violenta contra meu peito.

Sou escorpiana, daquela meio perfeccionista, que adora um elogio fora de hora, mas também sei que sou chatinha, ciumenta e briguenta.
Aprendi desde bem pequena a defender meu ponto de vista. Cresci descobrindo os caminhos certos para conquistar tudo o que sempre quis, mas como bem disse nosso poeta Renato Russo, eu também “só não aprendi a perder.”
Carrego comigo uma vontade insaciável de fazer o bem às pessoas que amo. Tenho uma mania incorrigível de mergulhar de cabeça em tudo que me proponho a fazer, nos relacionamentos que decido viver, nos sorrisos que busco ganhar, nos corações que quero amar.
O problema é quando mergulho no raso ou quando a maré está baixa,  eu não deveria me arriscar a nadar, mesmo assim o faço e acabo por me machucar nas pedras...
Talvez eu devesse falar menos, ficar quieta, quem sabe só escutar... mas não consigo! Como não falar da cor dos teus olhos? Como esquecer sua boca e a possibilidade de te chamar de meu? Como viver sem o balanço bom de quando nos beijamos? Como abandonar seu cheiro e sua carinha de safado que eu tanto amo? Como deixar pra trás os planos e sonhos ainda em formação, as conquistas e a família que podíamos ter um dia? Como? Me diz vai.
Estamos aqui no meu quarto, eu e Adele... Já te contei que a voz dela é menos doce do que a sua? Acho que também esqueci, de te dizer que seu corpo completa o meu, sem faltas e nem arestas. E me esqueci de te contar que me reconheço em você, em nossas conversas e risadas.
Acho que este é o grande problema da humanidade! Esquecemos de dizer enquanto há tempo, tudo o que realmente importa. Quando nos damos conta já é tarde, acabou e pode não ter mais volta! Em compensação, não perdermos um segundo para magoar, apontar o dedo, ser egoísta e de uma maneira verborrágica, vomitar no outro o que não tem valor nenhum.
É nessa busca incessante entre devaneios, amores e dores que vou aprendendo...  tomara que ainda haja tempo, para ser feliz.

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