Engraçado como escrever sobre minhas dores, frustrações e perdas, tornou-se tão mais fácil do que traduzir em palavras a minha felicidade. Por que será?
Alguns dos grandes poetas, como por exemplo meu querido e solitário Fernando Pessoa foram sofredores natos, carregavam entre poemas e poesias, desamores eternizados em palavras. Dizem que ele amou Ophélia Queiroz, não sei não. Ao assistir um documentário sobre Pessoa, algumas dúvidas apareceram, mas melhor deixá-las pra lá (rs)... seus textos são carregados de pensamentos, vivências, dores e a mais profunda solidão.
O sofrer não é mais intenso do que a felicidade, mas sim muito mais perceptível e mais duradouro também. A dor incomoda, as feridas demoram para cicatrizar, desencadeando diversos tipos de sentimentos e reações. Escrever é um alívio, externar o que nos faz mal é uma válvula de escape muito funcional.
Já a felicidade nos trás bem estar, nos torna leves, cria por alguns instantes uma sensação de que tudo vai muito bem obrigada, até que algo acontece... uma saudadezinha começa a incomodar, uma lembrança nos remete a situações mal resolvidas, enfim... a felicidade é composta por momentos perfeitos, que envolve pessoas imperfeitas, por isso uma hora acaba.
Como já contei aqui, hoje estou bem, a vida está caminhando com algumas mudanças, mas tudo está em seu lugar.
Algumas perguntas continuam ecoando aqui dentro, a maioria com respostas óbvias que machucam pra caramba, outras sem a menor explicação. Mas na verdade não sei se ainda quero estas respostas e as explicações, pois não vai mudar nada saber os motivos porque tudo aconteceu.
Sempre que escutava a música "Pai" cantada por Fábio Junior, caía no choro... ela sempre mexeu muito comigo e hoje sei o porquê. Idealizei uma pessoa que nunca existiu, criei um personagem que me valorizava, mas que era distante por falta de tempo. Dei a este personagem a consciência de minhas qualidades e em minha fantasia ele as reconheceu, depositei nele a idéia de que se orgulhava de mim... até que há pouco tempo em terapia, depois de algumas decepções e de ligar alguns pontinhos, descobri que durante trinta anos, eu fiz questão de me enganar. Foi mais fácil assim... descobri que meu personagem esteve presente por questões morais e não tanto por questões sentimentais. Também por questões morais, ou como uma forma de “recompensar sua ausência”, assumiu pra si alguns compromissos, destes não posso falar nada pois sempre cumpriu e continua cumprindo.
O intuito não é falar mau do meu personagem, eu o inventei e cabe a mim “desinventar”... é o que estou fazendo.
Segue abaixo o video com um texto lindo antecipando a música que citei acima. O mais engraçado é que há muitos anos atrás, entreguei este cd do Fábio, acompanhado de uma cartinha para esta pessoa, mas ele não entendeu que a música estava falando por mim... já o cd que entreguei com tanto carinho, como tudo que fiz para ou por ele, deve ter ficado esquecido em algum canto juntando pó, assim como eu também fiquei.
Alguns dos grandes poetas, como por exemplo meu querido e solitário Fernando Pessoa foram sofredores natos, carregavam entre poemas e poesias, desamores eternizados em palavras. Dizem que ele amou Ophélia Queiroz, não sei não. Ao assistir um documentário sobre Pessoa, algumas dúvidas apareceram, mas melhor deixá-las pra lá (rs)... seus textos são carregados de pensamentos, vivências, dores e a mais profunda solidão.
O sofrer não é mais intenso do que a felicidade, mas sim muito mais perceptível e mais duradouro também. A dor incomoda, as feridas demoram para cicatrizar, desencadeando diversos tipos de sentimentos e reações. Escrever é um alívio, externar o que nos faz mal é uma válvula de escape muito funcional.
Já a felicidade nos trás bem estar, nos torna leves, cria por alguns instantes uma sensação de que tudo vai muito bem obrigada, até que algo acontece... uma saudadezinha começa a incomodar, uma lembrança nos remete a situações mal resolvidas, enfim... a felicidade é composta por momentos perfeitos, que envolve pessoas imperfeitas, por isso uma hora acaba.
Como já contei aqui, hoje estou bem, a vida está caminhando com algumas mudanças, mas tudo está em seu lugar.
Algumas perguntas continuam ecoando aqui dentro, a maioria com respostas óbvias que machucam pra caramba, outras sem a menor explicação. Mas na verdade não sei se ainda quero estas respostas e as explicações, pois não vai mudar nada saber os motivos porque tudo aconteceu.
Sempre que escutava a música "Pai" cantada por Fábio Junior, caía no choro... ela sempre mexeu muito comigo e hoje sei o porquê. Idealizei uma pessoa que nunca existiu, criei um personagem que me valorizava, mas que era distante por falta de tempo. Dei a este personagem a consciência de minhas qualidades e em minha fantasia ele as reconheceu, depositei nele a idéia de que se orgulhava de mim... até que há pouco tempo em terapia, depois de algumas decepções e de ligar alguns pontinhos, descobri que durante trinta anos, eu fiz questão de me enganar. Foi mais fácil assim... descobri que meu personagem esteve presente por questões morais e não tanto por questões sentimentais. Também por questões morais, ou como uma forma de “recompensar sua ausência”, assumiu pra si alguns compromissos, destes não posso falar nada pois sempre cumpriu e continua cumprindo.
O intuito não é falar mau do meu personagem, eu o inventei e cabe a mim “desinventar”... é o que estou fazendo.
Segue abaixo o video com um texto lindo antecipando a música que citei acima. O mais engraçado é que há muitos anos atrás, entreguei este cd do Fábio, acompanhado de uma cartinha para esta pessoa, mas ele não entendeu que a música estava falando por mim... já o cd que entreguei com tanto carinho, como tudo que fiz para ou por ele, deve ter ficado esquecido em algum canto juntando pó, assim como eu também fiquei.
*abraça aperta afofa*
ResponderExcluire viva o deus tempo, que tudo arruma, apaga e cura... tudo passa e tudo muda.
esperemos o melhor :)
um beijo, flor