segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Troca...

Mesmo amando muito alguém, há momentos em que (sem saber), não conseguimos acertar. Sobram juras, sobra ciúme, sobra vontade de ficar juntos, mas não sobram as declarações de amor, não sobram aquelas conversas gostosas sobre como o mundo ficou diferente depois que aquela pessoa começou a fazer parte de nossa vida, não sobram atitudes que fortaleçam a união, nem palavras bobas que façam bem ao serem ouvidas.

Vai ver que é mais fácil demonstrar carinho para um amigo, afinal, aquele que você chama de  amor já deveria saber que é amado... estão juntos, não é novidade, nada mais precisa ser provado. Será que é assim?

Os dias vão se passando e algumas coisas não mudam... é possível a infelicidade andar de mãos dadas com a felicidade? É possível viver a vida como se estivesse numa montanha russa, sem freio, com frio na barriga a todo momento?

Dizem por ai que o amor é como uma planta, que necessita ser regada, receber vitaminas, sentir aquele calorzinho de vez em quando, pois se ficar sempre na sombra, num lugar gelado,  fechado e não receber o mínimo de cuidado necessário, ela morre. Se ele realmente é como uma planta, é frágil, e até que se ambientalize no solo plantado, até que suas raízes se tornem fortes, precisam de atenção...  isso demanda tempo, cuidado e dedicação.

Não quero que meu amor seja um cacto, não quero que ele se vire no deserto, nem que seja repleto de espinhos, não quero afastar de mim  quem pode me acariciar,  prefiro não amar.

Você tem dito todos os dias o quanto ama a pessoa que está ao seu lado? Você reconhece as provas de amor que ganha e vez ou outra as retribui? Palavras são bacanas, mas atitudes são fundamentais. Aprenda a ouvir sem julgar, pense sobre, você pode estar errando.

Acho que troca é a palavra...  Se não houver troca é impossível durar, o amor se perde e uma linda história pode se  acabar.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Entre lembranças e coração...

Depois de passar por algumas situações que me causem dúvidas se estou fazendo escolhas certas, é inevitável parar e fazer uma retrospectiva sobre tudo que já vivi... é inevitável analisar passado e presente, tentando traçar o futuro (se é que isso seja possível!).

Minha vida passa pela minha mente como um filme, relembro de atores principais, figuração e coadjuvantes. Me lembro dos que me fizeram sorrir, chorar, amar, me sentir abandonada, acolhida, escolhida... Tenho tantos sonhos que ainda estão tão longe de serem realizados,  tantas vontades ainda reprimidas por medo de me expor demais.

Há tanta gente boa deixada pelo caminho, eu gostaria de ligar e dizer “olá, como você está?”, mas não faço, deixo pra amanhã, deixo para o dia que der, mas e se não der? E se o tempo passar e eu perder a chance de falar tudo que acho necessário ser dito?

Faz quase um ano e três meses que perdi meu tio, no decorrer do desenvolvimento de sua doença e agravamento do quadro, tive a chance de agradecer e falar tudo que ele merecia ouvir, pois não foi apenas um tio, foi um pai, um herói, meu porto seguro. Só que nem sempre é assim, as pessoas podem morrer sem dar indícios que isso vá acontecer... e aí?

No auge dos meus 33 anos, ainda consigo magoar o outro de maneira tão infantil... infelizmente  sei ser dura, em alguns momentos até injusta. Aprendi a me desculpar e pedir perdão se necessário for, mas o que eu preciso mesmo é aprender a não errar tanto, ser menos impulsiva.

Não basta amor para construir uma vida com alguém,  tem que haver respeito, tem que haver renuncias, o segredo talvez seja olhar juntos, e um pelo outro, isso tudo sem briga de egos, nem disputas... afinal, deveriamos ser do mesmo time.

Não basta ter o mesmo sangue para chamar de família, é necessário cumplicidade, companheirismo, presença, seja da forma que for.


Ando vivendo entre risos e lágrimas, certezas e dúvidas... tenho aprendido muitas coisas nos últimos anos, agora só me resta crescer. Na verdade, já passou da hora disso acontecer.