terça-feira, 16 de outubro de 2012


Nosso projeto social com cães e gatos que vivem em abrigos e estão para adoção
agora tem nome, "Projeto BEM na foto".

Meu coração está fraco... minha mente já não se lembra do tempo em que era  sã.

domingo, 14 de outubro de 2012

Domingo frio...

Domingo frio,  eu parada em frente à tela, tentando externar seja lá o que for... Pensei em publicar uma música, algo melancólico e lindo.  Los Hermanos seria perfeito, melancólico, lindo e com um bônus extra de bom gosto musical...  mas desisti, afinal “quem é mais sentimental que eu?”
Achei que um poema seria melhor, pensei em Drummond já que como ele “tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo.”
Mas com todo respeito? Meu coração pedia por outro poeta, aquele que é minha paixão! O cara com quem aprendi e tatuei uma frase em meu corpo para nunca mais esquecer:  “para ser grande, sê inteiro...”
O problema é esse, há tempos não estou inteira, há pedaços de mim espalhados por aí... há pensamentos, ideias, desejos e sonhos fugindo por todos os lados, perdidos por ruas e avenidas, alguns dormem pelas calçadas, outros preferem a mesa de um bar...  todos me preocupam,  mas os que me tiram o sono são os pedaços que preferem se esconder no escuro do armário.
Como ser grande? Como ser inteiro? Como ser?
Acho que hoje não consigo ser nada, nem falar de sentimentos, muito menos descrever o que há em meu coração... hoje, não há música ou poema capaz de traduzir a necessidade de beber um grande copo de vida, acompanhado de uma generosa porção de existência e amor.

 

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Como faço?


Busco uma resposta, mas nem sei qual é a pergunta.

Minha mente? Essa já perdeu o controle de todo meu corpo, já não funciona mais, sequer consegue guardar as lembranças que me ajudariam em determinadas escolhas.
Escolhas? Elas não funcionam nos sentimentos porque não há controle,  apenas sentimos e ponto.
Gostaria de conseguir racionalizar minha vida... gostaria de conseguir...  minha vida.
Meu coração?  Bate e apanha, bate e apanha, bate e apanha.
Penso em fugir, mas a vontade de criar raiz, ter meus filhos e uma vida sossegada com direito a um grande amor, cachorros correndo pela casa, um jardim bonito no quintal e minha câmera para registrar os grandes momentos desta vida,  é maior que tudo!
Busco o silêncio, mas os pensamentos gritam dentro de mim e me acompanham onde quer que eu vá... não há silêncio, não há tempo para esperar, não há paz entre os homens de boa vontade.
Cada dia uma luta, cada luta um medo, cada medo a necessidade  de  um abraço e quando ele vem, e quando ele é  o seu, enfim  respiro.
O desassossego no meu peito abre os meus olhos, assim consigo enxergar que não há futuro no que não funciona no presente. Não há presente no que não existe e o passado já passou.
O  que está selado, escondido, desacertado, mal explicado, um dia será resolvido de fato? Isso depende da vontade. Vontade de quem? Depende.
Uma história pode parecer loucura para quem está de fora, porém, pode ter todo sentido para aqueles que estão fazendo parte dela... ou não.
Hoje estou aqui, entre flores, espinhos, terra e céu... hoje estou aqui, tentando encontrar o que sobrou de mim. Então me lembro que restos nunca me interessaram, muito menos restos de mim.

Me quero inteira, mas como faço se muitas vezes sou metade? Como faço se muitas vezes sou parte nenhuma? Como faço para fazer parte? Como faço?

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Tempestade...

 
Há momentos em que o coração perde o compasso, a boca não sabe o que dizer e os olhos não param de molhar.
 
De que adianta ter alma de poeta se todos eles sofreram por amor? Dizem que há beleza na dor, dizem que ostra feliz não faz pérola, dizem que sem a tristeza a alegria não teria sentido... é o que dizem.

Já construí castelos de areia, neles  depositei meus sonhos, mas o mar veio e levou tudo.
Já construí casas de aço sem porta nem janela, onde ninguém conseguia entrar, apenas eu e minha solidão.

Já morei em nuvens brancas, entre céus azuis e verdes campos... adorava deitar na grama, fechar meus olhos e sentir o vento batendo em meu rosto.
 
Enfrentei  chuva, lama e  frio. Hoje enfrento o vazio... sem castelos de areia, nem casas de aço, muito menos nuvens brancas e céus azuis... Hoje estou em meio à chuva que insiste em me molhar, mas não faz mal, não será a primeira vez em que eu mesma me encarrego de secar tudo e esperar pela próxima tempestade.