segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Ter ou não ter, eis a questão!

(Foto de Cynthia Gonçalves)

Nunca ouvi tanto a frase: "você tem filhos?" Como tenho ouvido isso ultimamente! Semana passada, fiz uma bateria de exames e quase todos os médicos me fizeram esta mesma pergunta, quando ouviam a resposta "não", me olhavam disfarçadamente como se eu ainda precisasse completar uma etapa da minha vida, como se eu precisasse ter um filho para que o ciclo se fechasse.

Confesso que por mais estranho que isso possa soar, não sei se quero ter filhos. O mundo anda tão esquisito, as pessoas são tão individualistas e materialistas, não sei se sou capaz de dar a vida a alguém apenas por realização pessoal... não sei. Ao mesmo tempo, a idéia de gerar alguém mexe com qualquer mulher, mas esta responsabilidade assusta... insegurança e medo de que ele não se torne um sujeito de bem.

Não levo jeito para colocar ninguém dentro de uma redoma de vidro, sempre acreditei que o amadurecimento só chega com os erros e acertos, será que estou preparada para permitir que meu filho erre, cresça e amadureça passando por tudo que for necessário sem superprotegê-lo? O engraçado é que me questiono se ele deve ser gerado, pensando exatamente em não expô-lo a este mundo, isso já não é superproteção? rs

Ter meu coração fora do peito, andando por ai, em meio a tantas drogas, violência e maldade me deixariam um pouco angustiada, mas conforme eu disse antes não sei... só sei que se um dia eu decidir que ele venha, será muito amado.. e eu farei de tudo para seguir os passos de minha mãe e acertar.

2 comentários:

  1. É...eu sinceramente pendo muito para o lado de não ter...e, ao me flagar completamente ciente de que o mundo está a cada dia pior, essa tendência só aumenta. Mas Deus é que sabe. ;)

    =**

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  2. oi flor,

    muito tempo que nao acesso o blog...
    muito pertinente sua questão, pois nos últimos tempos tenho tido essa mesma reflexão, levada a sério. sinceramente, não quero ser responsabilizada em colocar alguém neste mundo, neste mundo que está tão mudado, tão frio e materialista. não quero que meu filho viva no mundo que será no futuro, pois do jeito que as coisas andam, tememos pelo pior. não conseguiria viver sem superprotegê-lo e isso se tornaria uma loucaria, na minha vida e na dele também. então, por essas e muitas outras razões sei que não quero ter filho. mas, claro que o lado emoção pede, quer, implora! acho q é o nosso lado "animal instinct" falando, natural que seja assim né?

    beijos
    saudades!

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