segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Estarei por aqui

Hoje acordei com saudade de certos sorrisos, de algumas conversas e das ruas onde muitas vezes firmei meus passos.

Por algumas ruas, nunca mais passei. A vida mudou o rumo... estes novos caminhos deixaram para trás sorrisos e presenças, mas como dizem por ai “o tempo cura tudo”, só não faz desaparecer.

As oportunidades me trouxeram muitas outras pessoas e ruas, mas as particularidades de cada um que ficou para trás, me faz carregar uma saudade que de tempos em tempos quase me sufoca.

Hoje acordei sem ar, mas cheia de vida... como é possível?

No lugar do ar inspiro ausências e expiro lembranças, no lugar das ausências coloco meus projetos e perspectivas, até que funciona! Ao menos tenho conseguido tocar a vida em frente.

Há quem critique meu modo de escrever, há quem se incomode com tanta exposição, há também quem pense que vomitar coisas boas e ruins através de minhas crônicas, é querer fazer espetáculo de algo que deveria ser só meu. Pra que não dividir? Pra que não colocar pra fora se me faz bem? Qual a finalidade de omitir meus sentimentos, se tudo e todos que estão direta ou indiretamente a minha volta me atingem?

Minha vida não é um faz de conta, por conseqüência, meus textos também não! Dinheiro não é tudo, principalmente se não for meu! Não finjo que amo nem que choro, não finjo amizade nem rancor, não coloco banalidades e futilidades na frente do que realmente importa, não sou dona da verdade, mas as minhas me pertencem e faço delas o que eu quiser.

Não me incomodo com a crítica, me incomodo com a maldade.

Por isso, aos que se sentem incomodados com minhas crônicas “ruins”, é simples. Basta não voltar ao HSA... assine uma boa revista ou um jornal, se ocupe com livros e se concentre na sua vida mega interessante, conquiste amigos influentes e tire vantagem de tudo! ;^)

Já aos meus amigos e seguidores peço desculpas pelo desabafo! Enquanto minhas crônicas trouxerem reflexão e somar de alguma forma, estarei por aqui.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Escuro

Está escuro, ela faz de tudo para ver o que há a sua frente, mas não consegue... são corredores estreitos.

Inevitavelmente chega o medo, o silêncio lhe acompanha... de mãos dadas com a solidão, ela continua dando passos incertos que podem levá-la a lugar nenhum.

As paredes molhadas servem como guia e são a esperança de haver uma saída. O chão está liso, seria fácil escorregar, mas ela continua, segue em frente bem devagar.

Após dias andando, sem dormir, comer ou pensar, ela está exausta... senta-se no chão e chora, suas lágrimas se misturam a toda umidade do lugar, então ela percebe que é tudo regado por lágrimas e que não importa se ela vai continuar andando ou não, não faz a mínima diferença se os passos serão dados ou se ficará ali sentada.

A porta de saída só pode ser aberta pelo lado de fora, desta vez não depende dela. Alguém precisa tirá-la de lá.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Tudo acaba ficando para trás...

Os amigos confidentes e companheiros, das gargalhadas no pátio da escola ficaram esquecidos em algum lugar, a correria e o amadurecimento muitas vezes me deixa a sensação de causar amnésia. Dos meus primeiros "grandes amores" nem me lembro mais, as lágrimas secaram, o mundo não acabou e o sofrimento vivido por mim na época, hoje não passam de histórias que me fazem rir.

Meus sonhos de menina foram substituídos por outros... não fiquei rica, não me tornei cantora, não me formei em medicina, nem em jornalismo, não dei a luz aos três filhos que um dia me prometi... aliás, minha promessa mais descabida.

Em contrapartida, sou uma pessoa bacana, excelente filha para minha mãe, me formei em direito, virei gerente de uma Autarquia Estadual, venci um câncer e depois disso, estou jogando tudo para o alto e hoje corro atrás de um novo sonho.

Infelizmente nunca mais tive notícias da professora Adelina, que adorava minhas redações no ginásio, não sei se ela ainda está viva e se continua lecionando com aquele brilho no olhar. É só fechar os olhos que me lembro muito bem dela, era baixinha, gordinha, cabelos claros, amável, paciente e dedicada, adorava elogiar seus alunos... de certa forma nos fazia sentir especiais pelo simples fato de colocarmos nossos pensamentos no papel.

Já do professor de matemática com cara de maluco, que fazia terrorismo com a matéria, ainda hoje tenho notícias, continua maluco.

A única briga na quadra da escola não me deixou nenhuma cicatriz... aliás, outro dia, depois de anos reencontrei "minha rival" na rua, nos olhamos e sorrimos cordialmente uma para outra.

A morte precoce do meu primo na adolescência ainda dói, continuo achando que não é certo perder quem amamos tão cedo. Fiquei quatro anos sem voltar ao Paraná depois do acidente, com medo de encarar a ausência do Luiz, mas hoje sei que de nada adiantou porque esta ausência não estava apenas lá, eu a trazia dentro de mim... E quando eu precisei voltar para velar o corpo do meu avô, reencontrei minha prima Bel, que chorando me deu um tapa no braço e disse: "nunca mais fique tanto tempo longe da gente"... no fim das contas a ausente fui eu.

Os natais tristes da infância e adolescência, ficaram na infância e na adolescência... hoje graças a Deus não são mais tristes porque me dei conta de que as pessoas mais importantes de minha vida, SEMPRE estiveram ao meu lado e de que a minha família sempre foi completa.

Lembrar das conversas que tinha com meu avô, vítima de três derrames, me faz um bem danado... me lembro de quando contei a ele que eu estava fazendo a faculdade de direito, mesmo com todas as suas limitações, ele me olhou, sorriu e chorou.

Muitos fatos, sonhos, lembranças acabam se perdendo de nós... é uma pena, pois quando paramos, exercitamos a mente e começamos a lembrar desses momentos, percebemos que há um tesouro chamado passado que pertence a cada um de nós.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Só se for por prazer...

Depois de um período turbulento alguns dos meus sonhos começam a se concretizar!

Hoje vivo minha paixão pela arte, coloco em prática minhas escolhas e a vida começa a voltar ao lugar... aprendi que se não houver prazer, não haverá sentido e se não há sentido não deve ser vivido.

Por isso meus amigos, meus leitores e seguidores do Hoje Sou Assim, venho lançar aqui, oficialmente, minha nova carreira, meu novo espaço, minha nova e bela vida profissional!!!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Quando a música fala tudo o que preciso saber...


By Your Side
(Sade)

You think I'd leave your side baby?
You know me better than that
Think I'd leave you down when you're down on your knees?
I wouldn't do that.
I'll tell you the right when you want...
I'll, I'll find the wound, if only you could sink into me...
Oh when you´re cold I'll be there, hold you tight to me
When you´re on the outside baby and you can't get in
I will show you, you're so much better than you know
When you're lost, when you're alone and you can't get backagain
I will find you darling and I'll bring you home
And if you want to cry I am here to dry your eyes, oooo...
In no time you'll be fine.....
You think I'd leave your side baby?
You know me better than that.
Think I'd leave you down when you're down on your knees?
I wouldn't do that
I'll tell you the right when you want...
I'll, I'll find the wound, If only you could sink into me....
Oh when you´re cold I'll be there to hold you tight to me, to me baby.
Ohh when you´re alone I'll be there by your side baby, by your side baby.
Oh when you´re cold I'll be there to hold you tight to me, to me baby.
Ohh when you´re alone I'll be there by your side baby.

Do Seu Lado (Tradução)

Você achou que eu iria abandoná-lo baby?
Você me conhece melhor que isso
Achou que eu te derrubaria estando você já de joelhos?
Jamais faria isso.
Te digo que você age certo quando quer
Eu.. eu encontrarei a ferida, Se você pudesse ao menos conhecer meu interior...
Oh quando estiver com frio estarei lá, te abraçando forte
Quando estiver do lado de fora baby, e não conseguir entrar
Eu te mostrarei que você é bem melhor do que você pensa
Quando estiver perdido, quando estiver sozinho e não puder voltar
Eu te encontrarei amor, e vou te trazer de volta pra casa
E se quiser chorar, eu tô aqui pra enxugar seus olhos, oooo....
Em um instante você se sentirá melhor...
Achou que eu ia sair do seu lado baby??
Você me conhece bem melhor que isso
Achou que eu o deixaria nos seus momentos difíceis?
Eu não faria isso
Você sabe ser correto quando quer
Eu ainda encontrarei essa ferida, Se você pudesse ao menos se afundar em mim...
Oh quando estiver com frio estarei lá para te abraçando forte baby
ohh quando estiver sozinho, eu estarei lá do seu lado, do seu lado baby
Oh quando estiver com frio estarei lá para te abraçar forte baby
ohh quando estiver sozinho, eu estarei lá do seu lado, do seu lado baby

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

20 Anos Blues

20 Anos Blues
Elis Regina

Composição: Vitor Martins e Sueli Costa

Ontem de manhã quando acordei
Olhei a vida e me espantei
Eu tenho mais de 20 anos

E eu tenho mais de mil perguntas sem respostas
Estou ligada num futuro blue

Os meus pais nas minhas costas
As raizes na marquise
Eu tenho mais de vinte muros
O sangue jorra pelos furos pelas veias de um jornal
Eu não te quero
Eu te quero mal

Essa calma que inventei, bem sei
Custou as contas que contei
Eu tenho mais de 20 anos

E eu quero as cores e os colirios
Meus delirios
Estou ligada num futuro blue

Os meus pais nas minhas costas
As raizes na marquise
Eu tenho mais de vinte muros
O sangue jorra pelos furos pelas veias de um jornal
Eu não te quero
Eu te quero mal

Ontem de manhã quando acordei
Olhei a vida e me espantei
Eu tenho mais de 20 anos

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Ter ou não ter, eis a questão!

(Foto de Cynthia Gonçalves)

Nunca ouvi tanto a frase: "você tem filhos?" Como tenho ouvido isso ultimamente! Semana passada, fiz uma bateria de exames e quase todos os médicos me fizeram esta mesma pergunta, quando ouviam a resposta "não", me olhavam disfarçadamente como se eu ainda precisasse completar uma etapa da minha vida, como se eu precisasse ter um filho para que o ciclo se fechasse.

Confesso que por mais estranho que isso possa soar, não sei se quero ter filhos. O mundo anda tão esquisito, as pessoas são tão individualistas e materialistas, não sei se sou capaz de dar a vida a alguém apenas por realização pessoal... não sei. Ao mesmo tempo, a idéia de gerar alguém mexe com qualquer mulher, mas esta responsabilidade assusta... insegurança e medo de que ele não se torne um sujeito de bem.

Não levo jeito para colocar ninguém dentro de uma redoma de vidro, sempre acreditei que o amadurecimento só chega com os erros e acertos, será que estou preparada para permitir que meu filho erre, cresça e amadureça passando por tudo que for necessário sem superprotegê-lo? O engraçado é que me questiono se ele deve ser gerado, pensando exatamente em não expô-lo a este mundo, isso já não é superproteção? rs

Ter meu coração fora do peito, andando por ai, em meio a tantas drogas, violência e maldade me deixariam um pouco angustiada, mas conforme eu disse antes não sei... só sei que se um dia eu decidir que ele venha, será muito amado.. e eu farei de tudo para seguir os passos de minha mãe e acertar.