Quando as pessoas mais distantes me perguntam como estou, respondo que foi apenas um grande susto, mas que já está tudo bem.
Foi também no susto que em pouco tempo descobri e aprendi muitas coisas, e enxerguei quem são meus verdadeiros amigos.
Confesso que diante de toda aquela confusão, acreditei que teria por perto algumas pessoas que foram importantes em minha vida, mas isso não aconteceu. Em contrapartida, outras que sempre estiveram ao meu lado e até quem eu jamais imaginei que estaria, seguraram firme em minha mão e fizeram questão de demonstrar todo amor, carinho e consideração que qualquer ser humano precisa, principalmente quando está fragilizado.
Não vou deixar de gostar dessas pessoas que escolheram não estar por perto, todos temos o direito da escolha... mas é claro que algo aqui dentro se quebrou. As pessoas pensam que uma frase formal como: "se precisar conte comigo", num momento tão delicado, resolve todas as coisas, afinal, ela fez sua parte dizendo isso, certo? Errado!
O que conta é o amor com que esta pessoa se dirige aquele que está fragilizado, é o carinho estampado nos olhos, o cafuné feito, a solidariedade, é mostrar que nada é mais importante do que estar junto de quem amamos num momento difícil... vocês não fazem idéia do quanto isso é importante e ajuda a manter o outro forte.
Claro que eu tive muito medo, inclusive de morrer poxa! Por mais que não fosse um câncer invasivo, era câncer... mas passou, hoje o que permanece aqui dentro são meus amigos de verdade, minha família que ficou no hospital antes, durante e depois da cirurgia, as risadas que conseguiram tirar de mim quando eu tinha apenas vontade de chorar, as ligações e sms recebidos de amigos que estão em outros Estados, os comentários de força e apoio deixados por vocês aqui no blog, pessoas que nunca me viram pessoalmente... isso levarei para sempre comigo.
Portanto meus queridos, caso conheçam alguém que esteja passando por um momento difícil, se for possível vá até esta pessoa, sorria para ela, olhe em seus olhos, relembre histórias, de gargalhadas, até o choro compartilhado faz bem. Caso a distância seja grande demais, envie e-mails, ligue, troque sms, pois é fundamental que ela saiba o quanto é importante para você.
Enfim... é isso.
"Quem cedo e bem aprende, tarde ou nunca esquece. Quem negligencia as manifestações de amizade, acaba por perder esse sentimento."
(William Shakespeare)
Cynthia, nesses momentos difíceis descobrimos coisas impressionantes: os próximos e ausentes, assim como os distantes e presentes...
ResponderExcluirQue bom que superou...A vida continua...
Ah, estou sempre por aqui, viu?
Bjs
Cy,
ResponderExcluirEsse post em particular me tocou profundamente! Vivi algo parecido, mas o contrário, meu pai teve câncer e eu fiquei com ele o tempo todo, na época me mudei para a cidade em que ele vive. Claro que nossa relação sempre foi maravilhosa, mas depois dessa experiência algo se solidificou entre nós, hoje somos cúmplices e melhores amigos um do outro. Entendo perfeitamente seu sentimento e sei o quanto realmente é importante ter uma mão estendida nesse momento tão duro. Fico muito feliz por você estar bem, por ter superado o câncer e creio que se você já era uma pessoa de bem com a vida, agora será ainda mais!
Lindo post, como sempre :)
Beijos
Má,
ResponderExcluirTem toda razão, é nesses momentos que descobrimos muitas coisas, boas e ruins... descobri coisas que eu preferia continuar não sabendo (rs).
A decepção com aqueles que significam ou significaram algo em minha vida doeu bastante, mas como você disse, a vida continua.
Fê,
Acabo de deixar um comentário para o lindo texto que escreveu em seu blog, aproveitei para dizer que estava sentindo sua falta por aqui, e quando entrei no meu blog para moderar os comentários dei um sorriso ao ver seu nome.
Sinto também que algo se solidificou em relação as pessoas que estiveram ao meu lado, eu já sentia um grande amor por elas, mas agora parece que este amor está maior (se é que existe amor menor e amor maior), não sei explicar.
Você foi a primeira pessoa a comentar o texto onde contei sobre o câncer, relatou sua experiência com seu pai, me deu dicas de hospital, enfim... em poucas palavras pude sentir zelo, preocupação e carinho. Obrigada.
Estes são os tipos de sentimentos que quero levar em minha memória desta experiência tão singular que vivi.
Meninas, obrigada pelo carinho de sempre! Quero ainda ter o prazer de conhecê-las pessoalmente. Beijo.
Eu queria estar mais perto. Queria mesmo. :(
ResponderExcluir;^)
ResponderExcluirOi Cy,
ResponderExcluirEntão podemos marcar nosso encontro juntas, a pMarilza trabalha comigo, eu que indiquei seu blog pra ela seguir também! Hehehehe
Vamos nos falando e aí quando você tiver 100%, marcamos um HH num barzinho bem bacana, que tal? :)
Beijos
Vou adorar conhecer vocês, quando eu estiver 100% eu aviso!
ResponderExcluirBeijoca.
Eebba, eu quero! rsr
ResponderExcluirEu também! rs
ResponderExcluirEntão vamosssssssssssss! rs
ResponderExcluirTuas mensagens são sempre iguais a ti, transbordantes de carinho. Agradeço imensamente pela força, pela presença e pela torcida de sempre.
ResponderExcluirTu sabes que também te admiro demais, e que te quero muito bem. Que bom que você teve pessoas pra te dar a mão, o ombro, o sorriso, a palavra, quando mais precisou, pois não tenho a menor dúvida de que merecestes e mereces tudo isso e muito mais.
Grande beijo, flor. E que bom que foi só um susto. ;)
Fica com Deus.
"The Big C", uma série da HBO e uma palavrinha que me assombra há anos, perdi pessoas importantes com ele e mesmo sem te conhecer pessoalmente me sinto imensamente feliz de "não ter te perdido", de ter sido só um susto!
ResponderExcluirContinue sempre escrevendo tá!? E quando puder passa la no blog!
Beijosss
Tati
Miss,
ResponderExcluirObrigada mais uma vez pelo carinho... realmente, ainda bem que foi só um susuto.
Tati,
Realmente esta doença é assustadora, também já perdi pessoas queridas com ela.
Obrigada pelo carinho do seu comentário, me emocinou... você "não me perdeu" e nem vai perder por longos anos (rs). Quem sabe um dia não nos conhecemos pessoalmente?
Vou continuar escrevendo sim, pois a escrita e o poder de externalizar meu mundo interior me faz muito bem!
Vou lá visitar seu blog. Beijos.