Reflexões às vésperas dos 35 anos de vida.
Me encanta toda essa gente de riso fácil e bom coração, da mesma maneira tenho tentado levar a minha vida.
Amanhã fico mais velha, 35 anos, quem diria! Já passei por coisas que vocês nem imaginam, amadureci depois de errar, perdi, ganhei, cuidei para manter, deixei ir embora por não merecer ficar.
Chorei escondida no chuveiro e também no escuro do meu quarto, distribuí amor, flor e compartilhei o bom da vida.
Coleciono alguns tesouros que com o passar do tempo foram ganhando ou perdendo suas colocações, mas pouquíssimos sumiram do ranking.
O melhor que há no passar dos anos são as experiências e forma com que aprendemos a enxergar pessoas e situações.
Todos alimentamos sonhos, eu já quis ser médica (desisti), ter três filhos (tenho duas de pêlo), ser bem sucedida profissionalmente (estou lutando para isso), ter condições emocionais e financeiras para cuidar dos meu velhos (se Deus quiser eu terei). Manter os amigos fiéis dentro de mim (perto ou longe eles estão aqui), mas principalmente, me tornar alguém querida por todos (tenho quase certeza que estou conseguindo).
Hoje levo comigo sonhos mais brandos... Quero formar minha família sem ser julgada por sua composição, afinal família é família. Quero braços abertos, amor gratuito, bate-papos desinteressados e divertidos, filhos adotados ou fecundados, o direito de amar quem eu quiser sem dedos apontados pra mim.
Com 35 anos, depois de vencer um câncer de mama, a única certeza que carrego é que ninguém fará minhas escolhas, da mesma maneira que ninguém pagará por elas.
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