quarta-feira, 27 de julho de 2011

Fotografia

É fato, eu tenho uma nova paixão... a fotografia!


Esta imagem foi feita por mim na última aula, vocês imaginam como? Então eu vou contar!

Com uma lente especial, peguei uma bolinha de gude, virei o mouse do computador para cima num canto escuro e encaixei a bolinha na saída da luz óptica. A base vermelha na foto é o próprio mouse, não ficou muito legal?

Nos endereços do “Tá na lista porque é bom” tem o meu flickr http://www.flickr.com/photos/cygoncalves, sempre que quiserem passem por lá. Todo sábado atualizo com as fotos tiradas na aula.

Beijos!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

"Tu tome tento com meu coração"

Algumas sensações não saem do meu corpo... seu gosto sempre aparece em minha boca, meus olhos desejam o seu sorriso, minhas mãos procuram por seus cabelos e minha pele se arrepia com lembranças suas.

Meu coração? Ahhh meu coração! Este sim dá trabalho, desde de pequeno tem vontade própria, nunca me obedece e por isso sofre, chora, ama, bate descompassado, mas samba feliz como o mestre sala em plena avenida. 

Na verdade, não sei por que ainda insisto em me apropriar dele, já faz tempo que não é mais meu... Já faz tempo que ele abandonou o meu peito e foi morar em suas mãos.

"E então, tu tome tento com meu coração
Não deixe ele vir na solidão
Encabulado por voltar a sós..."

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Quando você se foi, aprendi que...

Precisamos parar, olhar para dentro de nós e nos olhos do outro. Está faltando enxergar quem nos cerca, agradecer, sorrir, abraçar, falar de amor, expor nossos sentimentos pelas pessoas queridas.

Devemos fazer isso antes que a morte leve embora qualquer possibilidade de escuta. Porque quando ela chega, além de toda dor, nos sufoca com tudo o que não foi dito.


"Eu saí com uma prostituta"

Em um dos exercícios na oficina, retirei um papel dobrado de dentro de uma xícara, neste papel estava descrito o tema da próxima crônica a ser redigida, o meu foi "eu saí com uma prostituta".

Seios expostos e saia curta, ela estava sempre parada no mesmo lugar quando eu passava pelo Jockey Club, depois de dias exaustivos de trabalho.

Farol fechado, no rádio Pink Floyd, lá fora olhos sedutores a me fitar acompanhados de um riso sacana e convidativo. Foi assim por quase um ano, ela já reconhecia meu carro amarelo e ficava em posição de ataque, me devorava, me despia, mexia comigo sem mover um só músculo.

Eu acelerava, o suor escorria em meu rosto, as pernas bambeavam... fugia, fingia que nada estava acontecendo, mas meu corpo sentia tudo e minha imaginação insistia em fazer acontecer.

Férias de julho! Minha família, mulher e filhos viajaram para o interior de São Paulo e passariam o mês todo na casa de familiares. Momento perfeito, ninguém me esperando em casa para jantar.

Paro o carro, abro o vidro, ela caminha em minha direção com um sorriso orgulhoso de quem venceu e conseguiu o que queria.

“Quanto você cobra?”

Ela permanece em silêncio, com o corpo levemente inclinado na janela do meu carro, ainda sorrindo e apreciando a composição do prato principal, no caso eu! Sinto meu sangue borbulhar em meu corpo e ruborizar o meu rosto.

Depois de segundos que duraram uma eternidade ela responde: “Para compensar o tempo que me fez esperar e as manhãs que me fez tomar uma ducha fria, trezentos reais. Você quer?”

“Quero!”

Textos da oficina de crônicas

Na oficina de crônicas fizemos diversos textos através de sorteios de temas ou exercícios previamente definidos pela Milly. No decorrer das aulas criamos textos sobre nossas experiências pessoais e também, nos apropriamos de vários personagens para poder escrever sobre coisas que nunca vivenciamos de fato.

Fizemos nossa imaginação criar vida através das palavras, fui um homem que saiu com uma prostituta, vivenciei momentos num hospital, descrevi as mãos de uma mulher sob um olhar homossexual, pedi desculpas a alguém, fui preconceituosa, vivi uma segunda-feira caótica, olhei as ruas de São Paulo com o olhar de um turista, entre outras coisas. Enfim, a crônica não é uma receita de bolo, tudo vale desde que tenha riqueza nos detalhes e conteúdo na imaginação.

Vou postar alguns textos aqui, espero que gostem!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Luto

Mais um dia que deveria ser como outro qualquer, porém ontem não foi. Logo pela manhã o telefone tocou e recebi a notícia de que uma amiga querida havia falecido... "ataque cardíaco, morte súbita" disse a voz chorosa do outro lado da linha.

A noite foi fria, cheia de narizes vermelhos, olhos inchados e tristeza nos corações dos que sempre guardarão um cantinho para ela. Moça de sorriso fácil e mãos SEMPRE estendidas para ajudar ao próximo. Mãe de dois filhos lindos, um com quatorze e o outro com dez anos.

Enquanto estava diante do caixão, eu só conseguia pensar no quanto aquilo tudo estava errado! Ela tinha apenas quarenta anos e a vida inteira pela frente, dois filhos para criar, sonhos e planos para realizar. A morte tirou o direito que ela tinha de seguir em frente, acabou com tudo em fração de segundos na frente do filho mais velho. Tudo errado!

Esta noite inteira sonhei com ela, a imagem do rosto lindo, sereno e jovem entre as flores, embaixo do véu. No meu sonho eu a ouvia dizendo “ o que esta sujeita tá pensando que é?” ela sempre brincava comigo assim, me chamando de sujeita.

Estou muito triste pela perda, preocupada com os meninos e angustiada por nunca ter dito a ela o quanto era especial. Esta foi a última lição que a moça me deixou, devemos falar de amor aos que ainda podem sentir e escutar o quanto são amados.

Vai com Deus Lu, tenho certeza de que agora você está feliz e fazendo seus deliciosos pavês para os anjos no céu.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Olhos de jabuticaba e nariz de botão

Olhinhos de jabuticaba que me seguem atentos por onde eu for... nariz que lembra um botão!

Orelhas em pé... prontas para correr em disparada com a bolinha na boca, sempre esperando pelo momento da brincadeira. Se eu demoro vocês resmungam, rosnam, choram, até que resolvo arremessar... daí vocês correm felizes e satisfeitas, rebolando e abanando o rabo por terem recebido a atenção que é tão comemorada.

Repetimos o ritual algumas vezes e depois vocês correm para o meu colo, se ajeitam e ficam comigo. Uma quando deitada, adora se esticar e apoiar a cabeça nas patas, a outra se enrola, quase parecendo uma vírgula.

Nesses quase cinco anos aprendi a reconhecer suas vontades e particularidades, sei qual de vocês ama deitar sob a luz do sol e quem adora descobrir pedaços de ossinhos (de couro de boi) pela casa ou embaixo dos móveis.

Quando estou triste as duas ficam ao meu lado, se estou alegre pulam e fazem festa... vocês me conhecem tão bem, talvez melhor que eu mesma.

Não imagino minha vida sem a doçura da presença, sem o afago das lambidas ou o barulhinho das patinhas andando pela casa. Não consigo pensar em felicidade sem o amor incondicional que ganho todos os dias, sem os olhares carregados de ternura e a festa que fazem sempre quando chego cansada em casa.

Nada é para sempre, e mesmo sabendo que é impossível, peço a Deus todos os dias que seja eterno. Peço com toda força do meu coração que vocês duas estejam sempre ao alcance das mãos.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Ar

Mãos e pés atados, a água submergindo meu corpo. Meu grito agora são bolhas que sobem para a superfície sem ruído algum.

Ar, me falta o ar... a água está turva e gelada, estou envolta por solidão, medo e silêncio.

Não há o que fazer, meus movimentos terminam lentamente em nada enquanto meu corpo desce.

Olhos abertos, as bolhas já não sobem mais, só me resta esperar.

Olhos fechados, não sinto meu corpo... o despertador toca, já é outro dia.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Escrito pelo homem da minha vida! (Fernando Pessoa)

"Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?"

Sim, é e sempre será para você.