quinta-feira, 6 de junho de 2013

Farta de mar...

A solidão tem mordido meu calcanhar, o egoísmo arrancou meu coração, minhas questões em meio ao silêncio tem feito rebuliço em minha mente.

Minha visão já não alcança o futuro, o presente vive ausente e meu corpo não reage a falta de tudo que não fui.

Está acabando, sinto minha alma deixando meu corpo, ouço choros, mas não vejo nada. Tudo está escuro e gelado, é denso, molhado, não pode ser céu, talvez seja inferno, mas sem fogo? Sim, sem fogo, não há calor, não há vida, não há chance, nem medo de me queimar.

Falta de ar, farta de mar, chega de navegar em águas desconhecidas... estou perdendo os sentidos, na verdade percebo que há tempos não há sentido algum.

Meu corpo submerso no não ser, procuro sua mão e mais uma vez sou mordida pela solidão, feroz e implacável.

Enfim, morri de tanto querer.