quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Alguém ai...

Alguém ai, me roube de mim, me faça sentir, seja lá o que for.
Vem cá, me mostre o sol e fique comigo para ver a lua chegar... podemos até contar as estrelas,  se você quiser.
Me mostre o seu sorriso e aquele brilho no olhar... desperte o meu sorriso, não faz mal que seja aquele, ainda tímido, tudo tem um (re)começo.
Me faça  sentir viva, cante uma canção, nem que seja de ninar.
Que tal um pouco de carinho? Pode ser um cafuné e minha cabeça em seu colo.
Que tal um abraço apertado? Me sinto tão segura.
Fique ao meu lado, mesmo que calado, apenas segurando minha mão.

Rei de mim

Tremor. Manhã.
Cobertor. Sono (induzido).
Olhos abertos. Mente fechada.
Lágrimas.
Um novo dia. Passado presente.
Fraquesa. Franquesa.
Vida. Morte.
Superação. Reinvento.
Instantes. Dor. Saudade.
Futuro. Preto e branco.
Nada.

domingo, 12 de agosto de 2012

Feliz dia dos pais...

Hoje, como era de costume, te desejei feliz dia dos pais logo pela manhã... só que desta vez ao entrar em baixo do chuveiro, quietinha, com soluços e lágrimas.
Hoje, como era de costume, pedi que Deus esteja com você e disse o quanto te amo... só que desta vez não escutei sua voz dizendo “obrigada filha, o tio também te ama.”
Sonhei com você a noite toda, ouvi sua voz, vi seu rosto, senti seu abraço e mais uma vez consegui te olhar com meus olhos cheios de orgulho.
Mais tarde, vou até você, levar flores e uma prece... levar meu coração cheio de saudade.
Mesmo sem conseguir te ver, eu vou, quem sabe eu consigo te sentir por perto... quem sabe eu sinta o seu amor por mim, quem sabe...
A única coisa que é certa neste momento, é nosso amor, esse sim será eterno.
Feliz dia dos pais, onde quer que você esteja.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

"O amor é uma mistura. Boa convivência, prazer e umas gargalhadas de vez em sempre." 
 (Pedro Rocha)

domingo, 5 de agosto de 2012

"Só não aprendi a perder..."

Lembra quando eu te falei, em nossas primeiras conversas, que minha boca era ligada ao cérebro? Que eu pensava e logo falava, sem travas na língua? Pois é, com meu coração não é diferente... sinto tudo o que penso e tudo vem de uma maneira muito intensa, quase violenta contra meu peito.

Sou escorpiana, daquela meio perfeccionista, que adora um elogio fora de hora, mas também sei que sou chatinha, ciumenta e briguenta.
Aprendi desde bem pequena a defender meu ponto de vista. Cresci descobrindo os caminhos certos para conquistar tudo o que sempre quis, mas como bem disse nosso poeta Renato Russo, eu também “só não aprendi a perder.”
Carrego comigo uma vontade insaciável de fazer o bem às pessoas que amo. Tenho uma mania incorrigível de mergulhar de cabeça em tudo que me proponho a fazer, nos relacionamentos que decido viver, nos sorrisos que busco ganhar, nos corações que quero amar.
O problema é quando mergulho no raso ou quando a maré está baixa,  eu não deveria me arriscar a nadar, mesmo assim o faço e acabo por me machucar nas pedras...
Talvez eu devesse falar menos, ficar quieta, quem sabe só escutar... mas não consigo! Como não falar da cor dos teus olhos? Como esquecer sua boca e a possibilidade de te chamar de meu? Como viver sem o balanço bom de quando nos beijamos? Como abandonar seu cheiro e sua carinha de safado que eu tanto amo? Como deixar pra trás os planos e sonhos ainda em formação, as conquistas e a família que podíamos ter um dia? Como? Me diz vai.
Estamos aqui no meu quarto, eu e Adele... Já te contei que a voz dela é menos doce do que a sua? Acho que também esqueci, de te dizer que seu corpo completa o meu, sem faltas e nem arestas. E me esqueci de te contar que me reconheço em você, em nossas conversas e risadas.
Acho que este é o grande problema da humanidade! Esquecemos de dizer enquanto há tempo, tudo o que realmente importa. Quando nos damos conta já é tarde, acabou e pode não ter mais volta! Em compensação, não perdermos um segundo para magoar, apontar o dedo, ser egoísta e de uma maneira verborrágica, vomitar no outro o que não tem valor nenhum.
É nessa busca incessante entre devaneios, amores e dores que vou aprendendo...  tomara que ainda haja tempo, para ser feliz.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Quase...

Ainda pior que a convicção do não, é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase! É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e na frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz.

A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor. Mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio-termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Para os erros há perdão, para os fracassos, chance, para os amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando... Fazendo que planejando... Vivendo que esperando... Porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

(Sarah Westphal)

P.S. Este é um dos textos que eu daria um braço para ter escrito... sensacional!